quarta-feira, 20 de julho de 2011

Capítulo 5: O primeiro dia em Hogwarts



Querido diário,

Hoje foi meu primeiro dia letivo aqui em Hogwarts e vou lhe relatar como foi.
Acordei cedo pela manhã, por volta das 07h15min. Coloquei minhas vestes, que agora tinham a gravata com as cores de minha casa, Grifinória, e o emblema dela também está em minha capa. Saí da Sala Comunal, que estava em silêncio, a não ser por alguns alunos sentados nas poltronas em frente à lareira e saí da torre em direção ao Salão Principal. Graças ao livro Hogwarts, uma história, eu sabia todos os andares do castelo de Hogwarts agora e não seria mais tão difícil andar pelo castelo desprevenida.
O Salão ainda estava um pouco vazio, tendo apenas alguns estudantes nas mesas de suas casas correspondentes e alguns professores estavam tomando café também. Sentei-me ao lado de duas meninas, Lilá Brown e Parvati Patil, que conversavam animadamente sobre o que fazer no fim de semana. Revirei os olhos e comecei a tomar meu mingau de aveia sozinha. Como alguém poderia pensar em final de semana se mal havíamos começado as aulas?
Por volta das 08h00min, o salão começou a encher de estudantes e entre eles estavam Harry Potter e Ronald Weasley. O chato de quando Harry aparece é que todos à volta começam a cochichar freneticamente sobre ele. Eu sei que ele é como se fosse uma celebridade, uma celebridade de uma tragédia terrível, mas acho que as pessoas poderiam deixá-lo andar sem murmúrios sobre seu passado e sobre quem ele é.
O correio-coruja apareceu, tornando o teto do salão uma massa de corujas das mais diversas cores, tamanhos e espécies. Uma coruja-das-torres veio até mim, entregando-me um pacote de doces que minha mãe faz, sem muito açúcar, é claro, uma vez que ela e papai são dentistas.
Bem, enquanto eu tomava meu café-da-manhã, a professora Minerva McGonagall foi passando pela mesa da Grifinória distribuindo os horários. Peguei o pedaço de papel e agradeci à professora, virando-me para ver quais aulas eu teria hoje. Seriam dois tempos de História da Magia, um de Herbologia, almoço, depois vinha um tempo de Transfiguração e um de Feitiços. Seria um dia interessante se não fosse por algumas situações.
Os tempos de História da Magia transcorreram normalmente com o professor Binns, um fantasma, que falava pacientemente sobre algumas figuras históricas, como Emerico, o Esquisitão, e Urico, o Mau. Cada palavra que ele dizia eu fazia questão de anotar em meu caderno, caso ele venha dar questões sobre estes assuntos na prova, mas eu parecia ser a única da turma a fazer isso. A maioria dos alunos estava com a cabeça apoiada na mesa, sonolentos. A professora Sprout, de Herbologia, nos ensinou algumas coisas sobre fungos e plantas e nos informando sobre suas propriedades mágicas.
Chegara a hora do almoço, mas não fiquei muito tempo no Salão Principal. Na noite anterior, eu estava lendo Hogwarts, uma história, e vi que havia uma biblioteca aqui no castelo onde havia vários livros sobre os mais diversos assuntos. Como fiquei curiosa para saber como era lá, apenas comi um pouco do pudim de carne e nem esperei pela sobremesa. Saí em disparada pelo salão a fim de chegar à biblioteca com um tempo sobrando antes das aulas da tarde.
Diário, você não faz idéia de como é fascinante aquela biblioteca! É claro que quando cheguei lá, a bibliotecária, Madame Pince, me barrou perguntando porque eu estava ali e lhe respondi que queria conhecer a biblioteca de Hogwarts, pois estava escrito no livro Hogwarts, uma história, que ela estava repleta dos mais diferentes livros e assuntos do mundo mágico. Acho que aquilo a convenceu, pois Madame Pince deu um pequeno sorriso e deixou-me entrar. Rapidamente, encaminhei-me para a estante mais próxima. Não tive muito tempo para ficar ali, mas depois de dar uma lida em alguns livros, resolvi pegar emprestado o livro Quadribol através dos séculos, e saí da biblioteca assim que o relógio marcou o início das aulas da tarde.
Transfiguração é uma das matérias que estou mais gostando até agora, diário. É algo realmente simples, que só é necessária apenas atenção e seguir as fórmulas que a professora Minerva McGonagall coloca no quadro negro. Hoje, como dever de aula, ela pediu que transformássemos um fósforo em uma agulha. Acho que como somos iniciantes, ela começou com algo simples e pequeno. Dei o melhor de mim e, depois de ler e reler as anotações antes de transfigurar, consegui transformar o fósforo em agulha! A professora me parabenizou e agradeci, sentindo meu rosto corar de orgulho.
Terminamos o dia com a aula de Feitiços, com o professor Flitwick. Assim que entrei na sala, ele deu um sorriso para mim e me cumprimentou do alto de uma pilha de grossos livros. Cumprimentei-o e sentei-me em uma das cadeiras. Ele começou a aula fazendo a chamada e, assim que chegou ao nome de Harry Potter, soltou um gritinho de surpresa, fazendo-o cair da pilha de livros. Alguns alunos, ou quase todos, riram, mas eu não achei a menor graça. Não seria comum você, sendo um professor, fazendo chamada na sala de aula e de repente, para no nome de alguém que é famoso por algo terrível sem ficar surpreso. Felizmente, o professor Flitwick estava bem e voltou a fazer sua chamada e deu início a aula.
Não tivemos dever de casa hoje, por isso estou sentada tranquilamente na sala comunal, vendo alguns alunos estudando ou fazendo deveres de casa e escrevendo em você, despedindo-me agora, pois vou ler Quadribol através dos séculos. Quem sabe o que os próximos dias guardarão.
Boa noite, diário!

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